Poesias

Está aqui alguns exemplos do que escrevo...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

De gaúcho para gaúcho

Com sua licença, Chico!
Estou eu aqui de novo,
Fazendo verso
E cantando pro povo,
Seguindo esta sina gaudéria
Pois tenho orgulho de ser desta terra
E não é a toa que vivo pilchado
E de frente pra querência,
Pois vou e volto com frequência
Porque é aqui que o verso nasce.

Já repontei pro banhado
O gado da coxilha,
Se quiser tem uma novilha
Nova e bem gorda
Pra fazer o charque,
Mas não esqueça do compadre
Aquele..., do outro lado do lagoão.

Encerrei os terneiro
E já guardei os matreiro
Pra doma do ano que vem,
Só fica de olho porque tem alguém
De olho nos nossos troco.

No jogo de carpeta,
Jogue sempre pra vencer,
Não tenha medo de perder
Pelos borracho do bolicho
E se for grande o bochincho
Beba um pouco de cachaça
Que é pra aquela prenda morenaça
Te defender na hora do golpe.

Ah! Não esqueça de honrar a pataquada,
E seguir esta vida baguala,
Não deixe que aquela china safada
Te faça de leitão,
Seja o verdadeiro peão
E não caia nos laços da falsidade.

Nas noitadas de fandango,
Seja galo e não seja frango,
Dê voz de autoridade
E se aquela comunidade
Te chamar de grosso, 
Ordene uma nova peleia
Porque não há bailante de fronteira
Que não tenha confusão.

E pra esses gaudério metido a trovador,
Faça um verso e mostre quem é o cantor,
E se esses campeiro
Roubar tua china
No meio do entreveiro
Não se perca na polvadeira.
Vá pelo brilho da brilhantina,
Saia vivo ou saio morto
Mas traga de volta tua china.

No lombo de um potro maleva,
Deixe o bicho ginetear,
Grite: "Forma cavalo",
Te garanto, meu galo,
O bichinho vai ficar bem domado
Só por uma voz bem campeira.

Adeus, Chico!
Vou pegar o rumo do rancho
Pra sevar meu chimarrão, 
Um dia desses apareça por lá
Quero que veja como está meu rincão
Pois sou gaúcho
E é de gaúchos 
Que o Rio Grande precisa.

"...Assim vestida de prenda..."



sábado, 20 de outubro de 2012

Domador de mão cheia

A trote, campo fora
Ou dentro da mangueira,
Não sou homem de besteira,
Sou um guapo de braço forte
Na doma tenho sorte,
Qualquer potro eu amanso,
Tu não serves pra descanso,
Mas cuiudo,
Um dia eu te amanso!

Amansei cavalo crioulo,
E disso tenho certeza,
Falo isso com firme
Porque sei q sou bagual,
Já ganhei em vestival
E nos "rodeio"
Quebro a pau
O meu zaino carborteiro.

Não importa a tua raça,
E acho bom tu te cuidar
Porque quando eu te pegar
Ah cuiudo!
Pode relinchar
Mas nem com promessa se santo
Tu me tira do lugar.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Fim de Guerra

Foi dado o último risco de espadas,
E ouço gritos de liberdade,
Levanta-se a bandeira branca
Implorando pela paz
E pela mesma trás
O amor e a paixão
Por este sagrado chão.

Deu-se o fim a esta batalha,
E foi jogada fora a antiga metralha;
Deu-se o fim a mais uma guerra,
E que esta terra
Viva em paz eternamente.

Escorre-se das veias
O sangue farroupilha,
Foi destruída a quadrilha
De heróicos incompetentes,
Generais e tenentes
Foram mortos nesta luta
E antes do último tiro,
Morreram gaúchos inocentes.

Foram anos de guerra
E finalmente reinou a paz nesta terra,
Se esta luta não tivesse seu fim
Correria a mim
Defender o que é meu.

Mesmo sendo criança
Saberia o que fazer
E se lanças
Não existem mais
Foram crianças
Que deram o fim.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Anjo da Madrugada

Na ronda da madrugada,
Há vestígios de terror,
Os olhos cansados,
Num bate patas de campo
Só ficam vultos de espanto
Deste campeiro a cavalo.

Sua lenda diz
Que venceu muitas guerras,
Lutou por vérias terras
Que nunca foram suas,
Mas sim do seu povo
E hoje veio de novo
Defender o que é nosso.

Enquanto o mundo descansa,
Ele trabalha,
Sua maior batalha
Foi em luta da paz
Tudo o que ele faz
É para defender o Rio Grande
Que por onde quer que ande
Sempre vai ser seu.

Cavalga pelos campos,
Pela beira do rio
Mas por essas bandas 
Ninguém viu
O nosso anjo defensor.

terça-feira, 31 de julho de 2012

História do Rio Grande

Lembranças da nossa terra,
Do nosso povo guapa
Que carregavam a bandeira farrapa
Junto ao seu coração
Como se fosse e estrela
Que mais brilha
Na constelação.

A vida da nossa gente
Foi marcada por muita guerra,
Mas a nossa terra
Mantém as tradições
Nas coisas mais belas do pago
E é por isso que trago
O amor pelo rincão.

Coxilhas serviram de palco
Para os nossos heróis pilchados
Pois é lá no alto
Onde devemos estar,
Porque é o único lugar
Onde a beleza predomina,
Embora sendo menina
Conto em versos
A história do meu Rio Grande.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Fim de Tarde

Era uma tarde de sol pequeno
Quando tudo começou,
Os campos se vestem de flores
No relampear dos tições.

Nos braços bravos do céu
Espelha-se essa vida gaudéria
É lá no fundo do campo
Que vive a velha tapera.

Acende-se a chama gaúcha
Neste viver galponeiro,
Cruzando de pago em pago
Levando o sul nos arreios.

Lá na velha tapera
Estão gurdadas as velhas histórias
No sarandeio de almas,
Traçando este mundo de agora.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Para pensar e resolver

Temos cinco casas.
1 O inglês vive na casa vermelha.
2 O brasileiro é o dono do cachorro.
3 Na casa verde se bebe café.
4 O espanhol bebe chá.
5 A casa verde está situada ao lado e à direita da casa cinzenta(à direita quer dizer à direita do leitor).
6 O estudante de psicologia possui macacos.
7 Na casa amarela se estuda filosofia.
8 Na casa do meio se bebe leite.
9 O norueguês vive na primeira casa.
10 O senhor que estuda lógica vive na casa vizinha à do homem que tem uma raposa.
11 Na casa vizinha à casa em que se guarda o cavalo, estuda-se filosofia.
12 O estudante que se dedica a estudos sociais bebe suco de laranja.
13 O japonês estuda metodologia.
14 O norueguês vive na casa ao lado da azul.
(Teles, 1974, p. 167)

Pergunta-se: Quem é que bebe água e quem é o dono da zebra?

=>Resposta: o norueguês bebe água e o japonês é o dono da zebra.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Ancestrais

Pobres homens peleadores
Que foram em busca da paz eterna
Lutando contra o mal,
Montando um ideal,
Defendendo o que é seu.

Na voz de Bento Golçalves
O Rio Grande se fez um dia;
 Na fronteira com o Uruguai
Se deu um revolução,
Lá estavam os ancestrais
Defendendo o seu rincão.

No Paraguai,
Se deu uma guerra muito grande
Lá foram morrer farrapos
Apaixonados pelo Rio Grande.

Na guerra de Vila Rica
O Rio Grande se fez presente,
Lá estavam os peleadores
Com a bandeira riograndense.

E tantas outras guerras
Que o gaúcho foi vencendor,
Hoje em dia é a luta da vida,
Dada por muitos, sem valor,
Mas os ancestrais sim,
Esses lutaram com amor.

Aqui vai o agradecimento
De toda essa gaúchada:
- Obrigado ancestrais
Por defender esta terra amada.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O Rio Grande é a minha casa

O Rio Grande é a minha casa
Tenho a honra de dizer,

Vergonha não preciso ter
Pois aqui é o meu lugar
Que trago com muito carinho,
Sou gaúcho desde menino
Com muita história pra contar.

Desde criança
Já usava bota e bombacha,
Orgulho da minha raça
Que nunca vai acabar.

E quem perguntar

De onde saiu este campeiro,
Respondo no pé da letra,

Sou gaúcho
E não tenho luxo,
Sou do Rio Grande do Sul.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Para o Rio Grande renascer

Na ronda da madrugada,
Entre coxilha e outra,
Ouço gritos de...
"Barbaridade, tchê!"
Que se cala por um minuto
Cortando campos
Em bate cascos
Que se somem no infinito
Deixando o mundo aflito
De um sonho bonito
De almas cortarem coxilhas.
São almas gaúchas
Que contam histórias,
Lendas e falatórias
Do Rio Grande de antigamente.
Essas almas morreram lutando por liberdade,
A justiça e a honestidade
Que este mundo precisa,
E voltaram a lutar
Para o Rio Grande não ficar em cinzas
Ou deixar de ser terra viva
Virar só em capim,
E o que será de mim
Sem o Rio Grande que me criou.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Oração do Gaúcho

A tarde se aprochega quieta
E dou de volta pra casa
E assim vou agradecer
Ao patrão das alturas:

Em nome do Patrão,da Prenda
E do amado rincão...
Patrão de estás no céu,
Intercedei por nós gaúchos
Assim como honramos nosso chão
Não deixando apagar a chama
Da nossa tradição.

Creamos no gauchismo,
Nas nossas pilchas e no tradicionalismo,
Carregando a bandeira
E os versos xucros que se expande
Aos quatro cantos do nosso Rio Grande.

Patrão, que criastes estes campos verdes,
Dai-nos paz na cavalgada,
Coragem de dar a palavra
E firmeza no braço
Para lutar e defender o que é nosso.

Obrigado Patrão
Por me dar sabedoria,
Obrigado pela paz e pela harmonia
Com que tenho com meus companheiros,
E já te peço que me dê coragem,
Força e criatividade
Para pealar e não desistir.

Dai-me sua licença Patrão,
Pedidos tenho à Maria:
Oh, Prendas das alturas,
Mulher, rainha mais pura,
Estendei-o o teu véu
Eesperas lá no céu
Quando dermos o grito de Amém.

Prenda maior,
Juro que não deixarei a chama se apagar,
Prometo levar e apresentar
A nossa bandeira gaúcha
E cultivar eternamente a tradição
E nessas horas de oração,
Sou um gaúcho de fé,
Prometo manter em pé
As coisas boas do meu pago!

Em nome do Patrão, da Prenda
E do amado Rincão, Amém!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


Os anos que carreguei esta faixa foram anos de ouro. Muito trabalho, pouco descanso mas foram momentos que vou levar para a vida toda.
Nossa tradição não pode morrer! Me orgulho ao ver minha afiliada que com alguns aninhos de vida já brincava com vestidos, pouco depois era Dente de Leite (Predinha de faixa). É disso o que precisamos, crianças preservando a tradição, amando e respeitando o que há de mais lindo que é estar carregando uma faixa dentro dos CTGs.
Meus versos trazem histórias que ouvi das minhas avós, uma delas que perdi a pouco tempo mas me deixou lendas e causos gaudérios que me fazem sonhar e me dão inspiração para criar rimas. Agora já estou mais velha mas ainda paro para ouvir o que minha avó quer m contar e no ponto alto da noite escrevo meus versos.
Amostras das minhas poesias do meu primeiro livro estão aqui, os exemplares acabaram mas logo, logo lançarei o segundo livro da mesma forma e do mesmo ponto de vista do primeiro. Poesias todas de minha autoria, todas gaúchescas ou voltadas para o tradicionalismo. Aguarde!

São Setembros

"É sempre setembro..."

Dizia um velho a beira do fago de chão
Que são setembros do coração
As manhãs acompanhadas
De danças e chimarrões,
De fara em frente aos galpões,
São madrugadas de setembro.

Das estrelas correntes no céu
Dizia o velho:
Que eram como véu
Das noites pesadas
Quando o corpo descansava
Sobre os pelagos
Fazendo setembros
Do silêncio das noites claras.

Também são setembros
Janeiros e fevereiros
Mesmo com o verão
É sempre setembro no galpão
Pelo desfile das pilchas
E pela compra e aperos novos.

"É sempre Setembro para nós gaúchos..."